INFORMATIVO AGROECOLÓGICO
Orgânicos
podem alimentar o Mundo...
Seguem
textos para auxiliar na implantação do Paradigma Orgânico.
Estudos
da Universidade de Michigan indica que a agricultura orgânica é mais produtiva
que a agricultura industrial química. Pesquisadores mostram exemplos de estudos
prévios que corroboram o fato que a agricultura orgânica é melhor que a convencional,
mas assinalam que estudos financiados por produtores químicos nublaram
o entendimento do público sobre o assunto.
O
agronegócio corporativo passou décadas repetindo o mantra que a agricultura química
intensiva é necessária para alimentar o mundo. Mas de acordo com a pesquisa
“estimativas indicam que os métodos orgânicos podem produzir alimento suficiente
para sustentar a atual população humana, e potencialmente até uma maior população,
sem aumento da área agricultável.”
FAO
(Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) promove a
Agricultura Orgânica:
-
O traço principal da agricultura orgânica é que se baseia em recursos
produtivos presentes
em nível local e não dependem de combustíveis fósseis. Além disso, por trabalhar
com processos naturais, aumenta a rentabilidade e a resistência dos ecossistemas
agrícolas às condições meteorológicas adversas.
-
A FAO pede aos Governos que dediquem recursos à agricultura orgânica e a incluam
em suas estratégias nacionais de desenvolvimento e redução da pobreza.
Perigos
da agricultura convencional
É
sabido que a produção convencional de alimentos é responsável pela contaminação
de lençóis freáticos, rios e oceanos, diminui a fertilidade do solo, aumenta
a dependência de energia petroquímica, que é não-renovável, e também leva
a um círculo vicioso de dependência química de insumos e produtos tóxicos. Um grande
perigo de alguns produtos é que eles se acumulam, desenvolvendo tumores que
crescem lentamente, não sendo possível a imediata relação com os agentes causadores.
O
glifosato, N-(fosfonometil) glicina, princípio ativo do round up®, ofertado sob diversas
marcas, é o produto que mais causa intoxicações no Brasil, apesar de ser classificado
como faixa verde. Mesmo tendo o marketing de que se trata de um produto
seguro, estudos de laboratórios têm encontrado efeitos indesejáveis em praticamente
todas as categorias de testes.
Estes
efeitos incluem irritação de pele e olhos, dor de cabeça, náusea, vômito, tontura,
desmaios, lesões em glândulas salivares, inflamações gástricas, danos genéticos
em células sanguíneas, transtornos reprodutivos, carcinogênese, palpitação cardíaca,
alterações na pressão arterial, edema pulmonar, alergias, dor abdominal, perda
de líquido gastrointestinal, destruição de glóbulos vermelhos no sangue e danos no
sistema renal.
A
combinação do glifosato com nitratos no solo ou em combinação com a saliva, origina
o N-nitroso glifosato, cuja composição também é potencialmente cancerígena e
para a qual não há um nível de exposição seguro. O efeito do deste agente
químico no
organismo humano, segundo o Centro de Controle de Intoxicação da Unicamp, é cumulativo
e a intensidade da intoxicação depende do tempo de contato com o produto.
O
consumo de glifosato afeta não somente os agricultores, mas toda população, uma
vez que a sua presença no meio ambiente, na água (mesmo subterrânea, fato que
levou a Dinamarca a tomar medidas severas quanto à restrição ao seu uso) e nos alimentos
aumenta seus efeitos. Além de tudo isso, os dessecantes, de maneira geral,
causam um engrossamento das raízes das plantas não visadas pelo produto, dificultando
a absorção de nutrientes do solo (PRIMAVESI, 2006).
Os
produtos organoclorados, como o endossulfan, são derivados do petróleo e têm
tido seu emprego progressivamente restringido ou mesmo proibido, por serem de lenta
degradação, acumulando-se no meio ambiente e em seres vivos, podendo persistir
por até 30 anos no solo, contaminando o ser humano através dos alimentos que
ingere ou diretamente. Eles atuam sobre o sistema nervoso central, resultando em
alterações do comportamento, distúrbios sensoriais, do equilíbrio, da atividade
da musculatura
involuntária e depressão dos centros vitais, particularmente da respiração.
O
aldicarbe é um dos ingredientes ativos mais tóxicos encontrados entre os defensivos
agrícolas no mercado. Este inseticida é absorvido pelo organismo pelas vias
oral, respiratória e cutânea e é responsável pela morte de muitas de pessoas. O
princípio ativo carbofurano é encontrado mesmo em água subterrânea e traz riscos
à saúde de animais selvagens, animais domésticos e à saúde humana. É proibido
na Alemanha e teve sua licença encerrada em 2006 nos Estados Unidos, devido
à intervenção de órgão ambiental.
Além
dos efeitos nocivos causados pelos produtos discriminados, os fertilizantes
químicos utilizados na agricultura convencional agravam os efeitos do aquecimento
global, pois liberam óxido nitroso, que é 310 vezes mais eficaz que o dióxido
de carbono para aquecer o planeta. Além disso, provocam a eutrofização das águas,
tornando-a imprópria para consumo.
Fonte:
Apostila do Curso de Ecologia Profunda – Associação Ipê e Trabalho de Conclusão
de Curso de Especialização em Agricultura Orgânica/Biodinâmica.
Reeducação
Alimentar e Mudanças Climáticas
Quase
a metade da massa de terra do planeta é utilizada como pastagem para gado
e outras criações. Mais de 30% da área cultivável é ocupada para produção de alimentos
destes animais. Aproximadamente 80% de todo o desmatamento e desaparecimento
de florestas, no globo inteiro, deve-se à pecuária. No Brasil, as pastagens
ocupam mais de 48% do país. Os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro,
a saber, possuem cerca de 60 % de seu território coberto por pastagens. Além
da questão dos desmatamentos, os dejetos dos animais contaminam rios, lagos
e represas, os bovinos compactam o solo, causando erosão, impedindo infiltração
de água, e os ruminantes lançam metano para a atmosfera, gás que responde
por 16% das emissões do efeito estufa e que é aproximadamente 23 vezes mais
perigoso para aquecer o planeta que o gás carbônico.
A
exposição, mesmo a baixos níveis de desreguladores endócrinos (agentes químicos
presentes nos agrotóxicos), mas que bio-acumulam com o tempo, pode levar
a altos níveis no corpo de animais. Os agentes químicos interferentes acumulam-se
na gordura, daí a importância de se reduzir ou de preferência eliminar da
dieta alimentos como leite, derivados e carnes de animais.
Atualmente,
todo o planeta está contaminado, mesmo populações remotas, já que
através da sucessão da cadeia alimentícia carnívora, através do consumo de produtos
animais, todos os seres contém índices perigosos de contaminantes. Populações
estritamente vegetarianas localizadas distante de centros poluidores são as
únicas que estão menos expostas.
Entretanto,
este quadro pode ser modificado com investimentos em pesquisas sobre
fontes alternativas de proteínas, conscientização dos produtores rurais quanto
à diversificação
das culturas em substituição às pastagens e educação dos consumidores
e indústrias para procurarem componentes alimentícios em substituição à
carne, ovos, leite, manteigas, queijos e derivados.
Cada
um pode fazer a sua parte !!
PETIÇÃO
ORGÂNICA: "NON TOXIC HEALTHY FOOD"
(clique
acima para assinar)